sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Conhecendo mais sobre o Autismo

Vamos participar!!!!!!!!!
Já confirmada oficialmente a iluminação do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, pela Autismo & Realidade e Adefa.
Em São Paulo, pela Autismo & Realidade, estarão iluminados: Ponte Estaiada, Monumento às Bandeiras, Arco do Anhangabaú/Viaduto do Chá e este ano acrescentam-se Assembleia Legislativa Estadual e a FIESP.
Dia 2 de Abril use azul. Demonstre que você é consciente.

Conhecendo mais sobre o Autismo

Interessante!!!!!

Conhecendo mais sobre o Autismo

METODOLOGIAS DE ESTIMULAÇÃO PARA AUTISTAS

por AAPA - Associação de Apoio à Pessoa Autista, domingo, 19 de Fevereiro de 2012 às 13:57 ·
PECS - Picturing Exchanging Communication System (Sistema de Comunicação pela Troca de Figuras)
O PECS foi desenvolvido nos EUA pelo psicólogo Andrew Bondy e pela fonoaudióloga Lori Frost. Eles viram que muitas crianças com autismo tinham dificuldade com imitação, especialmente a imitação verbal (imitar palavras) e mesmo aquelas que eram capazes de imitar, geralmente não usavam as palavras para se comunicar espontaneamente. Bondy e Frost queriam encontrar uma maneira de ajudar as crianças com autismo a se comunicar de uma forma funcionalmente fácil e socialmente aceitável. Também queriam encontrar uma forma de fazê-lo que fosse fácil para os pais e outras pessoas aprenderem e entenderem, dando à criança a possibilidade de se tornar mais integrada socialmente e ao mesmo tempo mais independente.
O PECS dá à criança a possibilidade de expressar suas necessidades e desejos de uma maneira muito fácil de entender. Muitas crianças que começaram a utilizar o PECS também desenvolvem a fala como um efeito colateral, claro que é um efeito colateral muito agradável!
PROGRAMA SON-RISE
O Programa Son-Rise é centrado na pessoa com autismo. Isto significa que o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda compreensão e genuína apreciação da pessoa, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da pessoa com autismo”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta pessoa em especial. Com esta atitude, o adulto facilitador vê a pessoa como um ser único e maravilhoso, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa pessoa?” Quando a pessoa com autismo sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer.
O Programa Son-Rise é lúdico. A ênfase está na diversão. Isto significa que os pais, facilitadores e voluntários seguem os interesses da criança e oferecem atividades divertidas e motivadoras nas quais a criança esteja empolgada para participar. O mesmo aplica-se para o trabalho com um adulto. As atividades são adaptadas para serem motivadoras e apropriadas ao estágio de desenvolvimento específico do indivíduo, qualquer que seja sua idade. Uma vez que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com um adulto, este adulto facilitador poderá então criar interações que a ajudarão a aprender todas as habilidades do desenvolvimento que são aprendidas através de interações dinâmicas com outras pessoas (por exemplo, o contato visual “olho no olho”, as habilidades de linguagem e de conversação, o brincar, a imaginação, a criatividade, as sutilezas do relacionamento humano). O Programa Son-Rise instrui os pais na criação destas efetivas interações com a criança ou adulto de forma que eles possam dirigir o programa de seus filhos e ajudá-los durante todas as interações diárias com eles.
MÉTODOLOGIA TEACCH
O programa Teacch (Treatment and Education ofAutistic and Related Communication Handicapped Children), que em português significa Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação, é um programa educacional e clínico com uma prática predominantemente psicopedagógica criado a partir de um projeto de pesquisa que buscou observar profundamente os comportamentos das crianças autistas em diferentes situações e frente a diferentes estímulos.
Na terapêutica psicopedagógica do método Teacch trabalha-se concomitantemente a linguagem receptiva e a expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras,cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra, movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma comunicação alternativa . Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em seqüência (p . ex ., potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que serão desenvolvidas naquele dia na escola . Os sistemas de trabalho são programados individualmente e ensinados um a um pelo terapeuta . Quando a criança apresenta plena desenvoltura na realização de uma atividade (conduta adquirida), esta passa a fazer parte da rotina de forma sistemática.
METODOLGIA FLOORTIME
Desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan, Floortime (ao pé da letra tempo no chão) é um método de tratamento que leva em conta a filosofia de interagir com uma criança autista. É baseado na premissa de que a criança pode melhorar e construir um grande círculo de interesses e de interação com um adulto que vá de encontro com a criança independente do seu estágio atual de desenvolvimento e  que o ajuda a descobrir e levantar a sua força.
A meta no Floortime é desenvolver a criança dentro dos 6 marcos básicos  para a plenitude do desenvolvimento emocional e intelectual do indivíduo. No Floortime, os pais entram numa brincadeira que a criança goste ou se interesse e segue aos comandos que a própria criança lidera. A partir dessa ligação mútua, os pais ou o adulto envolvido na terapia, são instruídos em como mover a criança para atividades de interação mais complexa, um processo conhecido como ” abrindo e fechando círculos de comunicação”. Floortime não separa ou foca nas diferentes habilidades da fala, habilidades motoras ou cognitivas, mas guia essas habilidades propriamente, enfatizando o desenvolvimento emocional. A intervenção é chamada Floortime porque os adultos vão para o chão, para poder interagir com a criança no seu nível e olho no olho.
MÉTODO ABA
Applied Behavior Analysis refere-se a um vasto campo de pesquisas. Através de investigações científicas são procuradas regras que controlam o comportamento, no sentido de prever, manipular, mudar e prevenir determinados comportamentos.
O ensino de uma nova competência é efectuado em pequenos passos, e cada passo é intenso e gradual, até que seja aprendido. É realizado de um modo sistemático, consistente e gradual. Assim, é possível ter certeza que a criança percebe que tem muito sucesso e se sente recompensada.
Para os autistas, o mundo parece muito confuso. Portanto, quando a maioria das pessoas é consistente e clara, a criança começa a sentir sucesso e recompensa, e o mundo parece menos confuso, mais agradável e convidativo. Então, a criança tem motivação para comunicar com outras pessoas e outras crianças.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Adequação Curricular

DOCUMENTO INDIVIDUAL DE ADEQUAÇÕES CURRICULARES


ESCOLA:

ENDEREÇO:

NÍVEL DE ENSINO:

MOTIVO DA AVALIAÇÃO:

1-    DADOS PESSOAIS E FAMILIARES DO ALUNO

NOME COMPLETO:

DATA DE NASCIMENTO:

ENDEREÇO:

FILIAÇÃO:

PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DO PAI:

PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DA MÃE:


NÚMERO E IDADE DOS ÍRMÃOS:

OBSERVAÇÃO:



2-    HISTÓRICO DA APRENDIZAGEM DO ALUNO E APOIOS RECEBIDOS

ESCOLARIZAÇÃO PRÉVIA. ANTECEDENTES ACADÊMICOS.(nomear a escola ou instituição, tempo de permanência, modalidades e apoios recebidos)

Início da escolarização:

Modalidade da escolarização:

Específica:

Regular:

Regular com apoio da educação especial:





3-    CARACTERÍSTICAS PESSOAIS- DESENVOLVIMENTO DO ALUNO.

ASPECTOS PSICOPEDAGÓGICOS: biológico, motor, linguístico, perceptivo, emocional, adaptação sócio-emocional.








4-    ESTILO DE APRENDIZAGEM E MOTIVAÇÃO PARA APRENDER
















5-    NÍVEIS DE COMPETÊNCIA CURRICULAR
ÁREA DA LINGUAGEM

Referente curricular
O aluno é capaz de:
Tipo de ajuda

























ÁREA DE MATEMÁTICA


Referente curricular
O aluno é capaz de:
Tipo de ajuda


























PROPOSTA CURRICULAR COM ADEQUAÇÕES


NOME DO ALUNO:

ESCOLA:                                                                                                                SÉRIE:

PROFESSORA:

1-    ADEQUAÇÃO CURRICULAR DE CARÁTER GERAL

ESCOLA

AULA

ALUNO (NEE)


















2-    ÁREAS CURRICULARES


LÍNGUA PORTUGUESA


OBJETIVOS CURRICULARES
(a serem desenvolvidos)
CONTEÚDOS CURRICULARES
(adaptação curricular individual)





















MATEMÁTICA


OBJETIVOS CURRICULARES
(a serem desenvolvidos)
CONTEÚDOS CURRICULARES
(adaptação curricular individual)
























3-MODALIDADES DE APOIO













4-CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO











Dislexia

1
Texto de apoio ao curso de Especialização
Atividade física adaptada e saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
Dislexia
Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração,
a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula.
Pesquisas realizadas em vários países mostram que cerca de 10 a 15% da população mundial é
disléxica.
Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção,
desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária
com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.
Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar,
sobre a qual falaremos mais adiante. Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento
pós diagnóstico mais efetivo, direcionado às particularidades de cada indivíduo, ou resultados
concretos.
Pré-escola:
Fique alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas:
. Imaturidade no trato com outras crianças.
. Fraco desenvolvimento da atenção.
. Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem.
. Atraso no desenvolvimento visual.
. Dificuldade em aprender rimas e canções.
. Fraco desenvolvimento da coordenação motora.
. Dificuldade com quebra-cabeças.
. Falta de interesse por livros impressos.
O fato de apresentar alguns desses sintomas não indica necessariamente que ela seja disléxica;
há outros fatores a serem observados. Porém, com certeza estaremos diante de um quadro que
pede uma maior atenção e/ou estimulação.
Idade escolar
Nesta fase, se a criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas à seguir, é
necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos
junto com os demais colegas e não tenha prejuízos emocionais:
. Dificuldade na aquisição e automação da leitura e
escrita.
. Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início
das palavras).
. Desatenção e dispersão.
. Dificuldade em copiar de livros ou da lousa.
. Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura, etc.) e/ou grossa (ginástica, dança,
etc.).
. Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares.
. Dificuldades visuais, como por exemplo, podemos, perceber com certo impacto, a desordem dos
2
trabalhos no papel e a própria postura da cabeça ao escrever.
. Confusão entre direita e esquerda.
. Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc..
. Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas.
. Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc.
. Dificuldade em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto, etc..
. Dificuldade na matemática e desenho geométrico.
. Problemas de conduta como: retração, timidez excessiva, depressão, e menos comum, mas
também possível, tornar-se o "palhaço" da turma.
. Grande desempenho em provas orais.
Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas persistirão e irão
permear a fase adulta, com possíveis prejuízos emocionais, além de sociais e laborais.
Adulto
Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar, ou se possível pré-escolar, o adulto
disléxico ainda apresentará dificuldades:
. Continuada dificuldade na leitura e escrita.
. Dificuldade para soletrar.
. Memória imediata prejudicada.
. Dificuldade em nomear objetos e pessoas(disnomia).
. Dificuldade com direita e esquerda.
. Dificuldade em aprender uma Segunda língua.
. Dificuldade em organização geral.
. Comprometimento emocional.
Diagnóstico
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnostico multidisciplinar, só indicam um
distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. E não para por aí, os mesmos sintomas
podem indicar outras situações, como lesões, síndromes, etc.
Então, como diagnosticar a dislexia?
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na
escola ou mesmo em casa, deve se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar, formada por psicóloga, fonoaudióloga e psicopedagoga clínica deve
iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior
abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros
profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros, conforme o caso.
A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o
diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de Avaliação Multidisciplinar e de Exclusão.
Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções ou deficiências
auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas ou adquiridas), desordens afetivas anteriores ao
processo de fracasso escolar (com os constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar
prejuízos emocionais, mas estes são conseqüência, não causa da dislexia), e outros distúrbios de
aprendizagem, como: o déficit de atenção, a hiperatividade (ambos podem ocorrer juntas, é o
3
DAAH - Déficit e Atenção e Aprendizagem com Hiperatividade; lembrando que a hiperatividade
também pode ocorrer em conjunto com a dislexia).
Neste processo ainda é muito importante: tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o
histórico familiar e de evolução do paciente.
Essa avaliação não só identifica as causas das dificuldades apresentadas, assim como permite um
encaminhamento adequado a cada caso, através de um relatório por escrito.
No caso da dislexia, o encaminhamento orienta o acompanhamento consoante as particularidades
de cada caso, o que permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o profissional que
assumir o caso não precisará daquele tempo, (muitas vezes indeterminado) para identificação do
problema, bem como terá ainda acesso a pareceres importantes para o caso. Conhecendo as
causas das dificuldades e os potenciais do indivíduo, o profissional pode utilizar a linha que achar
mais conveniente. Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressiva. O
acompanhamento profissional dura de dois a cinco anos, dependendo do caso.
Ao contrário de que muitos pensam, o disléxico sempre contorna suas dificuldades. Ele responde
muito bem a tudo que passa para o concreto. Tudo que envolve os sentidos é mais facilmente
absorvido. O disléxico também tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento
entre profissional e paciente.
Outro passo importante a ser dado é definir um programa em etapas, e somente passar para a
seguinte , após confirmar que a anterior foi devidamente absorvida e sempre retomando as etapas
anteriores. É o que chamamos de sistema Multissensorial e Cumulativo.
Também é de extrema importância haver uma boa troca de informações, experiências e até
sintonia dos procedimentos executados, entre profissional, escola e família.

Deficiência Auditiva

Texto de apoio ao Curso de Especialização
Atividade Física Adaptada e Saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
Deficiência Auditiva
Desenvolvimento motor e Aprendizagem das Habilidades Motoras
ASPECTOS CONCEITUAIS
DEFINIÇÃO
Deficiência auditiva é considerada genericamente como a diferença existente entre a
performance do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora de acordo com
padrões estabelecidos pela American National Standards Institute (ANSI - 1989).
Zero audiométrico (0 dB N.A) refere-se aos valores de níveis de audição que
correspondem à média de detecção de sons em várias freqüências, por exemplo: 500 Hz,
1000 Hz, 2000 Hz, etc.
Considera-se, em geral, que a audição normal corresponde à habilidade para detecção de
sons até 20 dB N.A (decibéis, nível de audição).
SIGNIFICADO DE TERMOS
Hipoacusia - refere-se a uma redução na sensitividade da audição, sem qualquer
alteração da qualidade de audição. O aumento da intensidade da fonte sonora, possibilita
uma audição bastante adequada.
Disacusia - refere-se a um distúrbio na audição, expresso em qualidade e não em
intensidade sonora. O aumento da intensidade da fonte sonora não garante o perfeito
entendimento do significado das palavras
CLASSIFICAÇÃO
GRAUS DE SEVERIDADE DA DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Os níveis de limiares utilizados para caracterizar os graus de severidade da deficiência
auditiva podem ter algumas variações entre os diferentes autores. Segundo critério de
Davis e Silverman, 1966:
Audição Normal - Limiares entre 0 a 24 dB nível de audição.
Deficiência Auditiva Leve - Limiares entre 25 a 40 dB nível de audição.
Deficiência Auditiva Moderada- Limiares entre 41 e 70 dB nível de audição.
Deficiência Auditiva Severa - Limiares entre 71 e 90 dB nível de audição.
Deficiência Auditiva Profunda - Limiares acima de 90 dB.
Indivíduos com níveis de perda auditiva leve, moderada e severa são mais
freqüentemente chamados de deficientes auditivos, enquanto os indivíduos com níveis de
perda auditiva profunda são chamados surdos.
GRAUS DE SURDEZ E SUA CONSEQÜENCIA
Tipos de Surdez Perda de Decibéis Consequência
Leve Entre
20 e 40
Impedimento da
percepção da
palavra
Moderada/
Média
Entre
40 e 70
Palavra deverá ser
emitida em tom
muito forte
Severa Entre
70 e 90
Compreensão da
palavra depende da
metodologia usada
Profunda Acima
de 90
Não percebe a voz e
não aprende a fala
GRAUS DE SURDEZ E QUAIS AS INTERVENÇÕES INDICADAS
Surdez Leve:
Próteses auditivas em crianças e adultos;
Acompanhamento feito por profissionais para vencerem as dificuldades iniciais;
Família contribui para sua interação e integração na socidades;
Surdez Moderada: Ambientes não ruidosos;
Pistas visuais;
Próteses;
Acompanhamento especializado e clínico;
Surdez Severa
Orientação especializada e acompanhada permanentemente;
Ambiente específico para o seu desenvolvimento;
Sua compreensão verbal dependerá da utilização de metodologias baseadas na
observação de situações de comunicação;
Profissionais de formação diversificada, para que adquiram linguagem e compreensão
das situações que vivenciam;
Surdez Profunda
Profissional especializado para a elaboração de uma metodologia específica, levantando
indicadores e sugerindo atividades.
CAUSAS
TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA: Qualquer interferência na transmissão do
som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea). A orelha
interna tem capacidade de funcionamento normal mas não é estimulada pela
vibração sonora. Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade
do estímulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode
ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico.
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre quando há uma
impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do
nervo auditivo. Os limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados,
são aproximadamente iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas
da cóclea e do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais de
avaliação auditiva. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível.
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA MISTA: Ocorre quando há uma alteração na condução
do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do
nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea
abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que
nos limiares de condução aérea.
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA CENTRAL, DISFUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL OU
SURDEZ CENTRAL: Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente,
acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por
diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre
de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco
cerebral (Sistema Nervoso Central).
CAUSAS DA DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA
• Cerume ou corpos estranhos do conduto auditivo externo.
• Otite externa: infecção bacteriana da pele do conduto auditivo externo.
• Otite média: processo infeccioso e/ou inflamatório da orelha média, que divide-se
em: otite média secretora; otite média aguda; otite média crônica supurada e otite
média crônica colesteatomatosa.
• Estenose ou atresia do conduto auditivo externo (redução de calibre ou ausência
do conduto auditivo externo). Atresia é geralmente uma malformação congênita e a
estenose pode ser congênita ou ocorrer por trauma, agressão cirúrgica ou
infecções graves.
• Miringite Bolhosa (termo miringite refere-se a inflamação da membrana timpânica).
Acúmulo de fluido entre as camadas da membrana timpânica, em geral associado
a infecções das vias respiratórias superiores.
• Perfurações da membrana timpânica: podem ocorrer por traumas externos,
variações bruscas da pressão atmosférica ou otite média crônica supurada. A
perda auditiva decorre de alterações da vibração da membrana timpânica. É
variável de acordo com a extensão e localização da perfuração.
• Obstrução da tuba auditiva
• Fissuras Palatinas
• Otosclerose
CAUSAS DA DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL
• Causas pré-natais:
• de origem hereditárias (surdez herdada monogênica, que pode ser uma surdez
isolada da orelha interna por mecanismo recessivo ou dominante ou uma síndrome
com surdez); e uma surdez associada a aberrações cromossômicas.
• de origem não hereditárias (causas exógenas), que podem ser:
􀂃 Infecções maternas por rubéola, citomegalovírus, sífilis, herpes,
toxoplasmose.
􀂃 Drogas ototóxicas e outras, alcoolismo materno
􀂃 Irradiações, por exemplo Raios X
􀂃 Toxemia, diabetes e outras doenças maternais graves
• Causas perinatais
o Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento
o Trauma de Parto - Fator traumático / Fator anóxico
o Doença hemolítica do recém-nascido ( ictericia grave do recém-nascido)
• Causas pós-natais
o Infecções - meningite, encefalite, parotidite epidêmica (caxumba), sarampo
o Drogas ototóxicas
o Perda auditiva induzida por ruído (PAIR)
o Traumas físicos que afetam o osso temporal
DADOS ESTATÍSTICOS
• Estima-se que 42 milhões de pessoas acima de 3 anos de idade são portadoras de
algum tipo de deficiência auditiva, de moderada a profunda (OMS). Há expectativa
que o número de perdas auditivas na população mundial chegue a 57 milhões no
ano 2000.
• Aproximadamente 0,1% das crianças nascem com deficiência auditiva severa e
profunda (Northern e Downs, 1991). Este tipo de deficiência auditiva é
suficientemente severa para impedir a aquisição normal da linguagem através do
sentido da audição
• Mais de 4% das crianças consideradas de alto risco são diagnosticadas como
portadoras de deficiência auditiva de graus moderado a profundo (ASHA)1
• Aproximadamente 90% das crianças portadoras de deficiência auditiva de graus
severo e profundo são filhos de pais ouvintes (Northern e Downs, 1991)2
• Nos Estados Unidos pesquisas indicam que a prevalência de deficiências auditivas
sensorioneurais é de 5,95 para cada 1000 nascidos vivos e nas deficiências
auditivas por alterações do ouvido médio é de 20 para cada 1000 nascidos vivos
• Segundo a O.M.S. (1994)3 estima-se que 1,5% da população brasileira, ou seja,
cerca de 2.250.000 habitantes são portadores de deficiência auditiva, estando esta
em terceiro lugar entre todas as deficiências do país
• Aproximadamente 1.053.000 de crianças abaixo de 18 anos têm algum grau de
deficiência auditiva, com índice de prevalência de 16,1 por 1000 (Bess e Humes
1995)4
FATORES DE RISCO
Baseados nos critérios do "Joint Committee on Infant Hearing" (1994) e na experiência
clínica e científica de profissionais participantes do Fórum de Debates: Criança e Audição,
realizado durante o X Encontro Internacional de Audiologia, Bauru, Estado de São Paulo,
8 a 11 de Abril de 1995, alguns fatores que podem causar deficiência auditiva são:
• Antecedentes familiares de deficiência auditiva, levantando-se se há
consangüinidade entre os pais e/ou hereditariedade.
• Infecções congênitas suspeitadas ou confirmadas através de exame sorológico
e/ou clínico (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e sífilis)
• Peso no nascimento inferior a 1500g e/ou crianças pequenas para a idade
gestacional (PIG)
• Asfixia severa no nascimento, com Apgar entre 0-4 no primeiro minuto e 0-6 no
quinto minuto.
• Hiperbilirrubinemia com índices que indiquem exanguíneo transfusão.
• Ventilação mecânica por mais de dez dias
• Alterações crânio-faciais, incluindo as síndromes que tenham como uma de suas
características a deficiência auditiva.
• Meningite, principalmente a bacteriana.
• Uso de drogas ototóxicas por mais de cinco dias.
• Permanência em incubadora por mais de sete dias.
• Alcoolismo ou uso de drogas pelos pais, antes e durante a gestação.
IDENTIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO
O diagnóstico das deficiências de audição é realizado a partir da avaliação médica e
audiológica. Em geral a primeira suspeita quanto à existência de uma alteração auditiva
em crianças muito pequenas é feita pela própria família a partir da observação da
ausência de reações a sons, comportamento diferente do usual (a criança que é muito
quieta, dorme muito e em qualquer ambiente, não se assusta com sons intensos) e, um
pouco mais velha, não desenvolve linguagem. A busca pelo diagnóstico também poderá
ser originada a partir dos programas de prevenção das deficiências auditivas na infância
como o registro de fatores de risco e triagens auditivas.
O profissional de saúde procurado em primeiro lugar é geralmente o pediatra, o qual
encaminhará a criança ao otorrinolaringologista, quando se iniciará o diagnóstico. Este
profissional fará um histórico do caso, observará o comportamento auditivo e procederá o
exame físico das estruturas do ouvido, nariz e das diferentes partes da faringe. O passo
seguinte é o encaminhamento para a avaliação audiológica.
No caso de adultos, em geral a queixa de alteração auditiva é do próprio indivíduo, e, no
caso de trabalhadores expostos a situações de risco para audição o encaminhamento
poderá advir de programas de conservação de audição.
IMPLICAÇÕES NO PROGRAMA DE ATIVIDADES FÍSICAS
- Os objetivos a serem desenvolvidos são os mesmos de crianças que não
apresentam deficiência;
- Aspectos sócio-afetivos como prioridade;
- Aspectos e cognitivos devem ser bem trabalhados;
- Trabalhar ritmo;
- Trabalhar capacidade respiratória;
- Trabalhar equilíbrio;
- Conhecimento do Corpo:
- Percepção espacial:
- Coordenação óculo-motriz, destreza manual:
- Equilíbrio:
- Coordenação dinâmica geral:
- Atividades que estimulem os sentidos
- Jogos educativos(atividades coletivas)
- Jogos Desportivos
DICAS EESTRATÉGIAS
- Fazer demonstrações
- Explicar a aula no quadro negro
- Usar videos, slides, cartazes, etc.
- Utilizar pranchetas para explicações
- Jogos cooperativos
- Se Aula só para D.A., deve haver número reduzido de alunos
- Esportes individuais como: natação, lutas e atletismo
O PROFESSOR QUE LIDA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA DEVE BUSCAR:
- Entendimento sobre as necessidades e dificuldades dos D.A. e do problema em si;
- Uma filosofia de educação/ensino para os D.A.´s;
- Aprender ou conhecer libras;
- Ficar de frente e próximo para facilitar a leitura labial
- Evitar explicações longas e variar muito a atividade
- Falar lentamente sem forçar expressões faciais
- Trocar informações com os outros profissionais que lidam com a criança D.A..
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Geralmente, o aluno portador de deficiência auditiva:
• não responde a um chamado em voz normal; quando de costas, não se volta para
a pessoa que lhe dirige a palavra;
• às vezes, pode responder mais prontamente quando o chamam de um lado, o que
demonstra maior perda no outro ouvido;
• entende melhor as ordens quando elas vêm acompanhadas de gestos;
• durante atividades em grupo, com muitos falando ao rnesmo informações
Basicamentetempo, pode parecer perdido, desorientado;
• pode apresentar comportamento mais irritadiço devido ao excesso de esforço que
faz para ouvir e entender situações do meio ambiente;
• às vezes, apresenta trocas e omissões de fonemas na fala e na escrita.
Em caso de observação de alguma dessas atitudes, a professora deve:
• entrar em contato com os pais para troca de informações;
• encaminhar para um médico otorrinolaringologista e uma fonoaudióloga que
poderão realizar testes mais específicos e dar seguimento ao caso.
O prejuízo auditivo permanente é um quadro que pode prejudicar em muito o aluno, caso
as medidas necessárias para garantir o desenvolvimento desse aluno não sejam tomadas
o mais brevemente possível. Sabemos que a audição é essencial para a aquisição da
linguagem que, por sua vez, é essencial para a comunicação e a construção do
conhecimento sobre a realidade.
Um aluno surdo ou hipoacústico necessita que alguns cuidados específicos sejam
tomados para favorecer sua aprendizagem e seu desenvolvimento. Um aluno que não
apresenta, ainda, a capacidade de comunicação necessita de ensino especializado para
que possa se Integrar à sala de aula regular. Dependendo de como adquiriu a deficiência
e em que nível de capacidade de comunicação se encontra, decisões diferenciadas
podem ser tomadas.
Caso sua deficiência tenha sido detectada, tenha havido uma intervenção precoce (ainda
no primeiro ano de vida) e a criança já esteja sendo estimulada a se comunicar
globalmente, é possível integrá-la em classe regular desde a pré-escola ou desde a
alfabetização.
Cuidados específicos
Infelizmente, como esta não é uma situação freqüente em nossa realidade, de maneira
geral tem-se recomendado que o portador de deficiência auditiva seja primeiramente
encaminhado ao ensino especializado e, assim que adquirir condições mínimas de
comunicação (por sinais, leitura labial, ou uma combinação de estratégias), passe
também a freqüentar, no período alternado, a classe regular, até que possa nela
permanecer.
O professor que tiver em sua sala de aula um aluno portador de deficiência auditiva, deve
familiarizar-se com os aparelhos auditivos (próteses, ou outros meios auxiliares) que
possam estar sendo usados por ele. É importante certificar-se de que os equipamentos
estão funcionando apropriadamente na sala de aula, e saber detectar, com o aluno,
quando eles apresentarem problemas. Para tanto, é importante manter contato com o
professor da sala de recursos, ou mesmo solicitar orientação do médico que atende ou
tenha atendido o aluno.
Na relação professor-aluno portador de deficiência auditiva, é essencial que sejamos
verbais e visuais em nossas interações. Isto implica, primeiramente, em garantir que o
aluno se sente em lugar de onde possa ver o restante da classe, com facilidade. Se ele
depende da leitura labial, faz-se essencial garantir-lhe a possibilidade de visão dos lábios
do professor e dos colegas. Quando houver um residual auditivo é importante que o aluno
se posicione o mais próximo possível do professor. E, claro, não adianta nada gritar.
Instruções curtas
Devemos nos assegurar de que esse aluno saiba o que está acontecendo o tempo todo.
Para tanto, devemos apresentar, sempre, instruções curtas, claras, bem-pronunciadas,
solicitando ao aluno que nos relate o que entendeu, antes de iniciar qualquer atividade.
Obviamente que falar com a classe enquanto escreve na lousa, ou seja, de costas para
ele, impede que o portador de deficiência perceba que alguma coisa está acontecendo. É
interessante, portanto, contar com um colega que possa informar-lhe individualmente o
que está ocorrendo, quando o professor estiver ocupado com outra atividade.
Uma outra ação, que facilita o acesso do aluno ao que está acontecendo no ambiente da
sala de aula, é escrever na lousa o que você disse.Isso ajuda a tirar qualquer dúvida que
ele tenha.
Ao introduzirmos conceitos novos, é interessante usar representações gráficas, figuras,
desenhos, etc., como meios auxiliares à comunicação verbal. Isto torna o conteúdo da
informação mais acessível ao portador de deficiência auditiva. O atendimento individual
também deve ser utilizado quando for preciso para atender às suas necessidades
peculiares.
É importante também que, ao escrever, sejam usadas sempre frases completas,
favorecendo-lhe a compreensão de como as palavras funcionam juntas.Outra ação
importante é estimular a interação dos alunos ouvintes com o portador de deficiência
auditiva, ensinando-os a estarem sempre no ângulo de visão do colega, antes de começar
a falar. Deve-se evitar o contato físico para obter a atenção do aluno surdo, pois isto pode
criar problemas de relacionamento. Além disso, não é bom para o aluno habituar-se a
depender do toque, pois este nem sempre lhe estará disponível fora da escola.
A utilização da língua de sinais, da mímica, da dramatização facilita a compreensão do
conteúdo curricular pelo aluno surdo, A presença de intérprete da língua de sinais /
português é um recurso que já se faz presente em algumas instituições de ensino.
Caro Professor
As sugestões de intervenção aqui mencionadas representam quase nada diante da
multiplicidade de possibilidades que se abre quando paramos, observamos nosso
contexto de atuação e percebemos as peculiaridades que o caracterizam. São essas
peculiaridades que devem nortear nossa ação. É importante, além da observação e da
reflexão, buscar soluções criativas. Não importa se ninguém ainda usou determinada
estratégia. O importante é que planejemos como agir em função daquilo que encontramos
em nossa realidade. o melhor parâmetro para avaliação da eficácia de nossa ação, então,
é analisar os seus efeitos, em função dos objetivos a que nos propusemos alcançar
O que fazer para ajudar esses alunos a superar sua dificuldade?
Em caso de perda auditiva, alguns sinais dessa limitação deveriam ter sido percebidos
anteriormente, principalmente na fase em que a criança deveria ter começado a falar. E
esta informação deve ser obtida junto aos pais ou responsáveis. Se for o caso,
recomenda-se o encaminhamento para exames especializados que permitirão verificar o
grau de surdez e se o aluno se beneficiará ou não de um aparelho de amplificação
sonora.
Em se tratando de trocas e omissões de letras, é recomendável uma avaliação
fonoaudiológica. Além disso, em sala de aula ou em casa, é importante não repetir a faia
errada da criança mas, isto sim, falar sempre de forma correta. É interessante incentivar o
aluno a falar frases simples para descrever suas atividades e sentimentos. Demonstre
satisfação quando ele tentar lhe comunicar algo e nunca faça exigências ou imponha
castigos quando falar errado. Deve-se estimular a verbalização do aluno, por meio de
dramatizações e brincadeiras verbais que lhe propiciarão maiores oportunidades de
perceber e adquirir o significado da linguagem.
O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
- Os objetivos a serem desenvolvidos são os mesmos de crianças que não
apresentam deficiência;
- Aspectos sócio-afetivos como prioridade;
- Aspectos e cognitivos devem ser bem trabalhados;
- Trabalhar ritmo;
- Trabalhar capacidade respiratória;
- Trabalhar equilíbrio;
- Conhecimento do Corpo:
- Percepção espacial:
- Coordenação óculo-motriz, destreza manual:
- Equilíbrio:
- Coordenação dinâmica geral:
- Atividades que estimulem os sentidos
- Jogos educativos(atividades coletivas)
- Jogos Desportivos
BIBLIOGRAFIA
1. ASHA - American Speech and Hearing Association
2. Northern, J., Downs, m.p. (1991) Hearing in children (4th ed.) Baltimore Williams &
Wilkins
3. OMS - Organização Mundial de Saúde
4. Bess, F. H. e Humes, L. E. (1995) Audiology: The Fundamentals. Baltimore
Williams & Wilkins

Autismo

1
Texto de apoio ao curso de Especialização
Atividade física adaptada e saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
AUTISMO INFANTIL
A adolescência é um período de profundas mudanças internas e externas do organismo global,
física e mentalmente. É também a idade predileta para a eclosão da maioria dos transtornos
emocionais. Entre os transtornos emocionais da adolescência o mais temido é a psicose, tanto por
sua gravidade e impacto que produz no entorno do paciente, quanto pelo prognóstico e
necessidade de tratamento imediato.
Assim sendo, na adolescência, mais que em qualquer outro período da vida, o médico deve se
esforçar, sobremaneira, para estabelecer diagnósticos e prognósticos, com especial zelo para a
Esquizofrenia, pois, como sabemos, esta é a idade preferida para o início desse transtorno. Ainda
assim, não devemos deixar de suspeitar dos Transtornos do Humor, os quais também aparecem
nesta idade e com características bastante enganosas.
A Classificação Francesa dos Transtornos Mentais da Criança e do Adolescente (CFTMEA),
considera separadamente o Transtorno Psicótico da Criança e do Adolescente, ao contrário das
classificações internacionais de doenças (CID.10 e DSM IV) que não têm uma categoria específica
para esses transtornos.
A classificação francesa considera que, devido ao fato dos sintomas psicóticos que aparecem na
infância e na adolescência comportarem características específicas e diferentes dos mesmos
quadros em adultos, justificaria uma consideração e uma classificação em separado.
Uma das principais preocupações dos psiquiatras de crianças e adolescentes é, sem dúvida, a
psicose. O máximo cuidado para o diagnóstico se reforça, primeiro, evidentemente, na importância
do tratamento precoce para alívio do paciente e de seus familiares e, em segundo, devido ao risco
de evolução incapacitante da doença, cujo momento de maior perigo para seqüelas invalidantes se
situa nos dois primeiros anos da psicose.
Além de tudo, considerando a grande especificidade atual dos medicamentos psiquiátricos, há uma
imperiosa necessidade de bons conhecimentos sobre o quadro do Transtorno do Humor Grave
2
com Sintomas Psicóticos e suas diferenças com a Psicose Esquizofrênica, já que existem
significativas diferenças de prognóstico e de tratamento entre essas duas patologias.
Finalmente, todo esse cuidado é mais do que justo, se considerarmos os efeitos potencialmente
iatrogênicos de um diagnóstico errado sobre algum transtorno psiquiátrico crônico, diagnóstico
esse capaz de modificar profundamente a relação do paciente consigo mesmo e com os demais,
além das atitudes negativas por parte de seu entorno familiar e social.
Para que a palavra autismo não perca sua precisão médica, especialistas do mundo todo
concordam em utilizar alguns critérios de diagnóstico internacionalmente reconhecidos. O mais
recente esquema de diagnóstico é aquele descrito no Manual de Diagnóstico e Estatístico (DSMIV)
da Associação Americana de Psiquiatria.
Muito parecido e igualmente válido é a recomendação para diagnóstico da Classificação
Internacional de Doenças (CID-10). Essas classificações passam a denominar o Autismo Infantil
com o nome de Transtorno Autista.
Transtorno do Desenvolvimento
Na classificação do DSM.IV, o Transtorno Autista está localizado dentro dos Transtornos
Invasivos do Desenvolvimento, portanto, essencialmente, o Autismo Infantil é um transtorno do
desenvolvimento da pessoa, em outras palavras, é um transtornos constitucional. A classificação
CID.10, da mesma forma, fala do Transtorno Autista como um transtorno global do
desenvolvimento, caracterizado assim um desenvolvimento anormal ou alterado, o qual deve se
manifestar antes da idade de três anos e apresentar uma perturbação característica das interações
sociais, comunicação e comportamento.
Para termos melhor idéia do que se quer dizer com transtorno do desenvolvimento, seria
importante discorrer um pouco mais sobre o que se poderia entender por desenvolvimento. A
pessoa atual, portanto, desenvolvida e tal como se encontra aqui e agora, obedece invariavelmente
a seguinte fórmula biossociológica:
Fenótipo = Genótipo + Ambiente.
Essa fórmula significa que somos agora (fenótipo), uma somatória daquilo que trouxemos para o
mundo, através de nossos genes (genótipo), com aquilo que o mundo nos deu (ambiente). Assim
sendo, devemos buscar no cerne do indivíduo, considerado em sua totalidade única, a mistura
enigmática do inato com o adquirido, do biológico com o ambiental e/ou, finalmente, da pessoa
com sua cultura.
3
Em suma, devemos entender por desenvolvimento as mudanças sofridas pela pessoa, ao longo de
sua vida, resultantes de sua interação com o ambiente. O ambiente é, para o indivíduo, uma fonte
de estímulos das mais variadas naturezas, estímulos que determinarão no indivíduo uma série de
interações e respostas e estas, finalmente, determinarão mudanças significativas no curso de sua
vida. Os estímulos, sejam eles físicos, alimentares, sensoriais, cognitivos ou emocionais, são
necessários para a mudança da pessoa, mudança que pode ser entendida como desenvolvimento.
Como nosso tema é o sistema psíquico, interessa aqui o desenvolvimento neuropsicológico. Sem
estímulos sensoriais, cognitivos ou emocionais não haverá mudanças neuropsicológicas e, sem
estas, não haverá possibilidade de crescimento ou desenvolvimento neuropsicológico do indivíduo.
Mas, para que essa seqüência evolutiva se dê a contento, há necessidade de um suporte biológico
global suficiente e capaz de receber adequadamente esses estímulos. Um sistema
neuropsicológico alterado ou funcionando precariamente, seja por razões orgânicas ou emocionais,
não poderá se aproveitar plenamente dos estímulos recebidos.
Deduz-se disso, que para haver desenvolvimento deve haver mudanças no organismo e, para
haver mudanças deve haver estímulos e suporte biológico suficiente para recebê-los e integrá-los.
Portanto, havendo alteração neuropsicológica significativa, o desenvolvimento poderá ser
seriamente comprometido. Da mesma forma, podemos dizer que faltando estímulos suficientes e
na época oportuna também não haverá desenvolvimento satisfatório.
Não havendo, pois, condições psico-neurológicas para um adequado recebimento de estímulos,
não haverá adequado desenvolvimento, não havendo desenvolvimento adequado haverá prejuízo
de várias áreas da performance humana. No Transtorno Autista há prejuízo severo das interações
inter-pessoais, da comunicação e do comportamento global.
Histórico do Conceito de Autismo
Em 1943, Kanner estudou e descreveu a condição de 11 crianças consideradas especiais. Nessa
época, o termo Esquizofrenia Infantil era considerado sinônimo de Psicose Infantil mas, as crianças
observadas por Kanner tinham características especiais e diferentes das crianças esquizofrênicas.
Elas exibiam uma incomum incapacidade de se relacionarem com outras pessoas e com os
objetos. Concomitantemente, apresentavam desordens graves no desenvolvimento da linguagem.
A maioria delas não falava e, quando falavam, era comum a ecolalia, inversão pronominal e
concretismo. O comportamento delas era salientado por atos repetitivos e estereotipados; não
suportavam mudanças de ambiente e preferiam o contexto inanimado. O termo autismo se referia à
4
características de isolamento e auto-concentração dessas crianças, mas também sugeria alguma
associação com a esquizofrenia.
No final da década de 70 Rutter descreveu o Transtorno Autista como sendo uma síndrome
caracterizada pela precocidade de início e, principalmente, pelas perturbações das relações
afetivas com o meio. Dizia que o autista possuía uma incapacidade inata para estabelecer qualquer
relação afetiva, bem como para responder aos estímulos do meio. Daí em diante, vários
pesquisadores foram revelando uma distinção cada vez mais evidente entre o autismo e a
esquizofrenia.
O próprio Kanner viria a reconhecer que o termo autismo não deveria se referir, nestes casos, à um
afastamento da realidade com predominância do mundo interior, como se dizia acontecer na
esquizofrenia. Portanto, mesmo para ele não haveria no autismo infantil um fechamento do
paciente sobre si mesmo, mas sim, uma tipo particular e específico de contato do paciente com o
mundo exterior.
Na década de 50 os autores norte-americanos, por mero pudor da palavra psicose, denominavam
essas crianças como crianças atípicas ou possuidoras de um desenvolvimento atípico ou
excepcional. A partir da década de 60 definiu-se as psicoses infantis em dois tipos, as psicoses da
primeira infância e as psicoses da segunda infância. Dentre as psicoses da primeira infância foi
colocado o Autismo Infantil Precoce. Portanto, foi entendido como um transtorno primário, diferente
das outras formas de transtornos infantil secundários à lesões cerebrais ou retardamento mental.
Na Europa, notadamente na França, o conceito de Esquizofrenia Infantil foi substituído pelo
conceito de Psicose Infantil, bem onde se enquadra o Autismo. Portanto, também para os
franceses, o Autismo Infantil é uma psicose. Mais precisamente, o termo psicose infantil precoce se
aplica às psicoses que se iniciam na primeira infância, enquanto a Esquizofrenia Infantil,
propriamente dita, ficou reservada aos quadros com início mais tardios, porém, que surgem depois
da criança Ter passado por um desenvolvimento relativamente normal.
Incidência
Os números de incidência do Autismo Infantil divulgados por diversos autores variam muito, à
medida que cada autor obedece e/ou aceita diversos critérios de diagnóstico, de tal forma que o
que para uns é Autismo Infantil, para outros não é. De qualquer forma, os índices atualmente mais
aceitos e divulgados variam dentro de uma faixa de 5 a 15 casos em cada 10.000 indivíduos,
dependendo da flexibilidade do autor quanto ao diagnóstico.
5
Alguns autores têm alegado uma maior incidência, de até 21 casos por 10.000, tendo em vista o
aprimoramento dos meios de investigação psico-neurológicas mais recentes e da maior
flexibilidade para o diagnóstico, entretanto, quando o autismo é mais rigorosamente classificado e
diagnosticado, em geral são relatadas taxas de prevalência de 2 casos para 10.000 habitantes.
Porém, independentemente de critérios de diagnóstico, é certo que a síndrome atinge
principalmente crianças do sexo masculino. As taxas para o transtorno são quatro a cinco vezes
superiores para o sexo masculino, entretanto, as crianças do sexo feminino com esse transtorno
estão mais propensas a apresentar um Retardo Mental mais severo que nos meninos.
Causas
Até hoje o Transtorno Autista carece de maiores explicações médicas para seu aparecimento.
Alguns autores tentaram estabelecer uma relação da frieza emocional das mães e dos pais com o
desenvolvimento autista. O próprio Kanner julgava que a atitude e comportamento dos pais
pudessem influir no aparecimento da síndrome. Ele havia observado em seus 11 pacientes iniciais
que ele seus pais eram intelectualizados e emocionalmente frios, na grande maioria dos casos.
Tem sido evidente que, embora seja muito importante no desenvolvimento do transtorno a
dinâmica emocional familiar, esse elemento não é suficiente em si mesmo para justificar o seu
aparecimento. Portanto, o autismo não parece ser, em sua essência, um transtorno adquirido e,
atualmente, o autismo tem sido definido como uma síndrome comportamental resultante de um
quadro orgânico.
Trabalhos em todo o mundo já propuseram teorias psicológicas e psicodinâmicas para explicar o
autismo e as psicoses infantis, principalmente numa época onde a investigação funcional e
bioquímica do sistema nervoso central era ainda muito acanhada.
Sintomas
Se for preciso apontar um sintoma essencial, básico e primário para o Autismo Infantil, esse
sintoma seria o severo déficit cognitivo, a mais importante desvantagem dessas crianças em
relação às outras. Mesmo as profundas alterações no inter-relacionamento social, típicas do
autismo, seriam secundárias ao déficit cognitivo básico. A prevalência sintomatológica começa a
ser dada aos déficits cognitivos, em relação ao social. E existe a hipótese do autismo constituir-se
num específico prejuízo do mecanismo cognitivo de representação da realidade.
Também é universalmente reconhecida a grande dificuldade que os autistas têm em relação à
expressão das emoções. Faria parte dessa anormalidade específica uma incapacidade de
6
reconhecer a emoção no rosto dos outros, uma falha constitucional envolvendo os afetos, uma
ausência de coordenação sensório- afetivo e déficits afetivos comprometendo as habilidades
cognitivas e de linguagem.
A incapacidade inata para o relacionamento pessoal no Transtorno Autista é reconhecido como um
dos sintomas principais desde a observação inicial de Kanner. Segundo ele "podemos supor que
estas crianças vieram ao mundo com a incapacidade inata de constituir biologicamente o contato
afetivo habitual com as pessoas, assim como outras crianças vêm ao mundo com deficiências
físicas ou intelectuais inatas".
Diagnóstico
Para um diagnóstico médico preciso do Transtorno Autista, a criança deve ser muito bem
examinada, tanto fisicamente quanto psico-neurologicamente. A avaliação deve incluir entrevistas
com os pais e outros parentes interessados, observação e exame psico-mental e, algumas vezes,
de exames complementares para doenças genéticas e ou hereditárias.
Hoje em dia pode-se proceder alguns estudos bioquímicos, genéticos e cromossômicos,
eletroencefalográficos, de imagens cerebrais anatômicas e funcionais e outros que se fizerem
necessários para o esclarecimento do quadro. Não obstante, o diagnóstico do Autismo continua
sendo predominantemente clínico e, portanto, não poderá ser feito puramente com base em testes
e/ou algumas escalas de avaliação.
Segundo o DSM.IV, os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, onde se inclui o Autismo
Infantil, se caracterizam por prejuízo severo e invasivo em diversas áreas do desenvolvimento, tais
como: nas habilidades da interação social, nas habilidades de comunicação, nos comportamentos,
nos interesses e atividades. Os prejuízos qualitativos que definem essas condições representam
um desvio acentuado em relação ao nível de desenvolvimento ou idade mental do indivíduo. Esta
seção do DSM.IV inclui o Transtorno Autista, Transtorno de Rett, Transtorno Desintegrativo da
Infância e o Transtorno de Asperger.
De maneira mais ou menos comum, esses Transtornos se manifestam nos primeiros anos de vida
e, freqüentemente, estão associados com algum grau de Retardo Mental. Os Transtornos Invasivos
do Desenvolvimento são observados, por vezes, juntamente com um grupo de várias outras
condições médicas gerais, como por exemplo, com outras anormalidades cromossômicas, com
infecções congênitas e com anormalidades estruturais do sistema nervoso central.
Embora termos como "psicose" e "esquizofrenia da infância" já tenham sido usados no passado
7
com referência a indivíduos com essas condições, evidências consideráveis sugerem que os
Transtornos Invasivos do Desenvolvimento são distintos da Esquizofrenia, entretanto, um indivíduo
com Transtorno Invasivo do Desenvolvimento ocasionalmente pode, mais tarde, desenvolver
também a Esquizofrenia.
Critérios Diagnósticos Para 299.00 Transtorno Autista
A. Um total de seis (ou mais) ítens de (1), (2) e (3), com pelo menos dois de (1), um de (2) e um de
(3):
(1) prejuizo qualitativo na interação social, manifestado por pelo menos dois dos seguintes
aspectos:
(a) prejuizo acentuado no uso de múltiplos comportamentos não-verbais tais como contato visual
direto, expressão facil postura corporais e gestos para regular a interação social.
(b) fracasso em desenvolver relacionamentos com seus pares apropriados ao nível do
desenvolvimento
(c) falta de tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações com outras
pessoas (por ex., não mostrar, trazer ou apontar objetos de interesse) falta de reciprocidade social
ou emocional
(2) prejuízos qualitativos da comunicação, manifestados por pelo menos um dos seguintes
aspectos:
(a) atraso ou ausência total de desenvolvimento da linguagem falada (não acompanhando por uma
tentativa de compensar através de modos a alternativos de comunicação tais como gestos ou
mímica)
(b) em indivíduos com fala adequada, acentuado prejuizo na capacidade de iniciar ou desenvolver
uma conversação
(c) uso estereotipado e repetitivo da linguagem ou linguagem idiossincrática, falta de jogos ou
brincadeiras de imitação social variados e espontâneos apropriados ao nível do desenvolvimento
(3) padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses, e atividades, manifestados por
pelo menos um dos seguintes aspectos:
(a) preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados e restritos de interesse,
anormais em intensidade ou foco
(b) adesão aparentemente inflexível a rotinas ou rituais específicos e não-funcionais
(c) maneiras motores estereotipados e repetitivos (por ex., agitar ou torcer mãos ou dedos, ou
movimentos complexos de todo o corpo)
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(d) preocupação persistente com partes de objetos
B. Atrasos ou funcionamento anormal em pelo menos uma das seguintes áreas, com início antes
dos 3 anos de idade; (l) interação social, (2) linguagem para fins de comunicação social, ou (3)
jogos imaginativos ou símbolos.
C. A perturbação não é melhor explicada por Transtorno de Rett ou Transtorno Desintegrativo da
Infância.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), através de sua Classificação Internacional das Doenças,
10ª revisão (CID.10), refere-se ao Autismo Infantil (ou síndrome de Kanner) como uma Síndrome
existente desde o nascimento ou que começa quase sempre durante os trinta primeiros meses,
onde as respostas aos estímulos auditivos e às vezes aos estímulos visuais são anormais,
havendo, habitualmente, graves dificuldades de compreensão da linguagem falada. A fala é
atrasada e, quando desenvolve, caracteriza-se por ecolalia, inversão de pronomes, imaturidade da
estrutura gramatical e incapacidade de empregar termos abstratos. Geralmente há uma alteração
do uso social da linguagem verbal e gestual. Os problemas de relação com os outros são os mais
graves antes dos 05 anos de idade e comportam principalmente um defeito de fixação do olhar,
das ligações sociais e da atividade de brincar.
A CID.10 fala do comportamento ritualizado do autista, com hábitos anormais, resistências às
mudanças (sameness), apego à objetos singulares e brincadeiras estereotipadas. A capacidade de
pensamento abstrato ou simbólico e de fazer fantasias está muito diminuída neste transtorno. O
nível de inteligência varia do retardo profundo ao normal ou acima do normal. O desempenho é
habitualmente melhor para as atividades que requerem aptidões mnêmicas ou visoespaciais
automáticas do que para as que necessitam das aptidões simbólicas ou lingüísticas.
Portanto, sobre o Autismo Infantil a CID.10 diz tratar-se de "um transtorno invasivo de
desenvolvimento definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se
manifesta antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas
as três áreas de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo. Sublinha que
o transtorno ocorre em garotos três ou quatro vezes mais freqüentemente que em meninas.
Ballone GJ - Autismo Infantil, in. PsiqWeb, Psiquiatria Geral, Internet, disponível em
<http://www.psiqweb.med.br/infantil/autismo.html> 2002
9
SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA
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(Intemational Version).
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Médicas, 1985.
10. LEWIS, M. Tratado de Psiquiatria da Infância e Adolescência. Porto Alegre: Ed. Artes
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11. LIPPI, J.R.S., TORRES, V.M. O perfil multidimensional do bebê Autista. In: LIPPI, J.R.S.,
CRUZ, A.R. Psiquiatria Infantil: Estudo Multidisciplinar. Brasilia: Disam 1987.
12. MAZET, P., LEBOVICI, S. Autismo e psicoses da criança. Porto Alegre: Artes Médicas.
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