domingo, 8 de dezembro de 2013

OS DESDOBRAMENTOS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE), NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Olá, Amigos e Amigas!
Demorei, mas voltei às nossas conversas sobre Educação Inclusiva. prometo que vou ser mais disciplinada e tentar, ser mais presente nas postagens. Esse final de ano está muito cansativo!
Mas, já fazia algum tempo que planejava construir um material sobre AEE, voltado a Educação Infantil.
Como já comentei anteriormente, os primeiros nove meses deste ano de 2013, estive em Sala Regular, desenvolvendo um trabalho na EMEI Noemia Ippolito, na qual sou lotada, com uma turma de Alunos do Infantil I (4anos). Como estava afastada da Sala Regular há alguns anos, pois sempre estive em função de Professora de Apoio e Atendimento à Inclusão, foi uma experiência prazerosa e desafiadora voltar a Sala Regular, com um grupo de uma faixa etária tão exigente no tocante a estimulação do Desenvolvimento Cognitivo.
Meu primeiro objetivo quando comecei a pesquisar e construir meu Plano de Ação Pedagógico, foi o de oferecer um ambiente rico em estimulação que atendesse às Necessidades Educacionais de todos os Alunos e Alunas. Sabia que o desafio era grande, pois a Sala Regular é numerosa e amplamente diferenciada em heranças culturais.
A minha turma, chamada na escola como Infantil I 5C, era um agrupamento novo, formado por crianças a completar ou completando quatro anos, num total de 29 alunos. 
Devido a minha experiência no AEE, queria implementar um trabalho de estimulação e habilitação das diferentes áreas cognitivas: motricidade, linguagem, percepção, raciocínio lógico, socialização, aprendizagem, e atividades de vida diária tão importante na construção da autonomia.
Tudo isso transversalizando as diferentes Linguagens norteadoras do trabalho na Educação Infantil: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade, Matemática.
Iniciei o trabalho pedagógico, estabelecendo uma rotina com objetos reais, para que logo que chegassem, pela manhã, poderíamos montar a rotina, criando um vínculo entre espaço e tempo, para realizarmos as atividades. Essa rotina sensorial, ajudou bastante, na coordenação das atividades propostas dentro e fora da sala, pois as crianças foram aos poucos construindo uma organização entre espaço e tempo, pois fazia parte da rotina, os dias da semana, com símbolos geométricos e cores diferentes.
Dessa forma fazíamos todos os dias a localização do dia, com os dedos das mãos, um Aluno ou Aluna, vinha até a rotina e com um prendedor de roupa, colocava em que dia estávamos, sendo que o sábado e o domingo, tinham como símbolos os desenhos de uma casa e de um prédio, pois sabiam que nesses dias não estariam na escola e sim em casa.
Foi assim, aos poucos conhecendo as crianças, observando suas potencialidades e dificuldades, que percebi que a melhor forma de intervenção naquele grupo, seria com a implementação de centros de interesses, nos quais, cada habilidade cognitiva pudesse ser trabalhada através de propostas lúdicas, num curto espaço de tempo, cerca de quinze minutos em cada cantinho sensorial.
Tudo isso, sob o eixo articulador da Literatura, pois todos os dias, nossa primeira atividade era a "Hora da Leitura", onde eu lia ou contava histórias dos livros da biblioteca da escola, escolhidos pelos Alunos em nossas visitas semanais.
Abaixo, selecionei algumas fotos das  atividades dos cantinhos sensoriais, os quais sempre procurei contemplar cada habilidade cognitiva: Percepção Auditiva e Visual, Motricidade, Linguagem, Raciocínio Lógico, Socialização e Aprendizagem.
As caixas sensoriais utilizadas nas atividades, são caixas de materiais da própria Prefeitura de SP, enviados aos Alunos. As crianças de minha turma ajudaram a pintar as caixas para depois utilizarmos nos cantinhos sensoriais.
No dia 02 de setembro último, fui designada para uma nova jornada no AEE, em uma Escola de Ensino Fundamental, deixando minha turma da Educação Infantil.
Adorei esses meses de trabalho com Eles, apesar de desgastantes, foram muito produtivos, aprendi bastante, revisitei minhas práticas e concepções pedagógicas, vivi dificuldades na sala regular, que irão pautar meu novo trabalho no AEE e consegui mais uma vez consolidar minha postura mediadora, dentro da concepção mágica da estimulação.
Grande Abraço!
Elaine Cristina Alves de Carvalho Leal.

















sábado, 2 de novembro de 2013

AVALIAÇÃO FUNCIONAL E A CONSTRUÇÃO DO PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO NAS SALAS REGULARES DENTRO DA CONCEPÇÃO EDUCACIONAL INCLUSIVA.

O QUE É AVALIAR FUNCIONALMENTE?

Avaliar pressupõe respeito. Em Educação o termo avaliação sempre suscitou muitos embates. Desde a década de oitenta até hoje, muitos foram os autores que se atentaram ao tema.
Podemos pensar que dentre muitas convicções acerca do ato de avaliar, uma que ficou marcante no campo da Pedagogia foi o compromisso com o avaliar, enquanto fio condutor de práticas pedagógicas, que pudessem  enriquecer o processo de ensino e aprendizagem.

E na educação inclusiva ????

¢No capítulo V da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 20/12/1996, “ Da Educação Especial”, no Art. 59, (...) “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
¢I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades...”

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO- 2008/2011.


¢Pressupõe que a Escola esteja organizada e desenvolva Práticas Pedagógicas que atendam às diferenças.
¢A Educação Especial passa a fazer parte da Educação Regular, devendo estar inserida no Projeto Político Pedagógico da Escola.
¢O Currículo passa a ter uma caracterização flexível (compreensiva), no uso de auxílios pedagógicos ajustados às Necessidades Educacionais dos Alunos, ou seja, o foco pedagógico passa a ser no Aluno e não na Deficiência.

COMO AVALIAR FUNCIONALMENTE?


¢Pensando em situações pedagógicas, nas quais possamos identificar as potencialidades e dificuldades dos Alunos.
¢Elaborando materiais significativos para o Aluno(a).
¢Atividades que tenham comandas simples e claras.
¢Ressignificar o ato de avaliar, transformando as situações normalmente bidimensionais em tridimensionais.
Perceber o Aluno(a) como um ser único e inteiro.

CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL.


¢Ser individualizada.
¢Realizada em etapas.
¢Focar nas seguintes Habilidades Cognitivas:
¢Motricidade;
¢Percepção;
¢Linguagem;
¢Socialização;
¢Raciocínio Lógico;
¢Aprendizagem;
¢História vital ( Família);
¢Habilidades Adaptativas.

Exemplos de materiais utilizados:


¢Caixas sensoriais;
¢Jogos de encaixe;
¢Bandinha;
¢Massa de modelar;
¢Blocos lógicos;
¢Jogos de percurso;
¢Bambolês;
¢Bolas de diferentes tamanhos;
¢Tintas;
¢Diversos tipos de materiais sensoriais: brinquedos, sucata, areia, argila, filmes, músicas...

Exemplos de materiais sensoriais


¢Bola sensorial de grãos de soja.



Blocos de madeira


Pipa ( raciocínio lógico)






































PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO


¢Plano construído para cada Aluno(a) que apresentar alguma Necessidade Educacional Especial, acompanhado de quadro de limitação Cognitiva, Sensorial, Física, Múltipla e Transtornos do Desenvolvimento.
¢O Plano Educacional Individualizado(PEI) é um dos níveis de Adequação Curricular, chamado de Adequação Curricular Individual.
¢O PEI pretende ajustar o currículo norteando a organização do trabalho escolar atendendo às Necessidades Educacionais Especiais (NEE) de cada Aluno(a).


MODELO DE PLANO DE ADEQUAÇÃO CURRICULAR INDIVIDUAL.


¢Dados Pessoais e Familiares do Aluno(a).
¢Histórico Escolar do Aluno(a).
¢Desenvolvimento do Aluno: Aspectos Pedagógicos.
¢Estilos de Aprendizagem: Motivação para Aprender.
¢Referente Curricular e Foco Avaliativo por área de conhecimento.
¢Modalidades de Apoio.
¢Critérios de Avaliação.
¢Relatório Anual de Acompanhamento Pedagógico.


BIBLIOGRAFIA :

¢Anotações de aula expositiva do Curso de Especialização em Deficiência Intelectual. UNESP. Professora Rosimar Bortolini Poker. 2010.
¢PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL: Avaliação e ação pedagógica na sala de recursos multifuncionais-Rosimar Bortolini Poker.
¢Anna Augusta Sampaio de Oliveira (colaboradora)
¢Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins (colaboradora).
¢BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
¢LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
¢BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional
¢de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP,
¢2008.
¢BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto Nº6.571, de 17 de Setembro de 2008.