domingo, 14 de julho de 2013

AVALIAÇÃO FUNCIONAL- O QUE É?

Olá! Em minha postagem anterior citei em meu texto a importância da aplicação de uma Avaliação Funcional, como ponto de partida, para toda e qualquer ação no Atendimento Educacional Especializado (AEE).
É comum pensarmos no termo Avaliação como algo que vai definir a capacidade de entendimento de uma Pessoa, sobre determinado assunto. Algo que Mede, Classifica e Pontua com um Valor simbólico ( número ou letras), o desempenho do Individuo.
Minha visão de Avaliação vai muito além disso: medir, classificar e pontuar. Assim como Hoffman, minha concepção de avaliação é: " respeitar primeiro, educar depois".
Uma atitude de respeito, em minha opinião é Conhecer o Aluno ou Aluna, o levantamento de dados sobre sua História Vital, é de grande importância, para a construção do trabalho de Apoio e Acompanhamento à Inclusão. Na Escola esse trabalho pode e deve ser feito pelo Professor Regente de AEE, aqui chamamos de PAAI ( Professor de Apoio e Acompanhamento à Inclusão).
Assim, o primeiro passo de uma Avaliação Funcional é a Anamnese, não só para colher dados, como também estreitar laços com a Família.
A segunda grande atitude de respeito é pensarmos em ações avaliativas que realmente atendam Àquele Aluno ou Aluna em suas Necessidades Educacionais Especiais (NEE), ou seja, temos que tentar construir modelos avaliativos que saiam da visão bidimensional escolar: papel e lápis.
Não que o papel e o lápis não sejam importantes e não possam ser usados. Podem e devem, mas não como instrumentos únicos, principalmente quando falamos em AEE.
Não adianta dar papel e lápis, para um Aluno ou Aluna que têm limitações motoras, pois suas dificuldades em realizar o contexto da atividade será bem maior, comprometendo assim a funcionalidade da avaliação.
Não adianta, aplicarmos sondagens de escrita e leitura, para Alunos que tenham alterações significativas na área da Linguagem, pois suas dificuldades na recepção dos comandos da atividade avaliativa, irá comprometer toda a interpretação da Avaliação.
Portanto, uma Avaliação Funcional, deve estar dentro das condições cognitivas do Aluno ou Aluna, a ser aplicada, necessitando ir muito além do papel e do lápis.
Hoje, só consigo pensar em Avaliação Funcional, numa concepção tridimensional, envolvendo atividades com materiais diversificados: massinha, tinta, pincel, brinquedos e brincadeiras, sucata, música e tudo que estiver ao alcance do Professor e for necessário ao envolvimento do Aluno.
Os fatores Tempo e Espaço, também precisam ser ressignificados na Avaliação Funcional. A sala de aula ou de AEE, pode em muitos casos não ser o ambiente mais propicio, para uma atividade avaliativa. Muitas vezes, temos de utilizar espaços maiores como a quadra, um salão, um jardim, a sala de informática, e demais espaços escolares.
Qualquer tema ou conteúdo pode ser gerador de uma Avaliação Funcional, vai depender do contexto em que será realizada. assim, uma Avaliação Funcional para uma Criança de Educação Infantil, terá um contexto mais lúdico que para uma Criança do Ensino Fundamental II.
As Habilidades que teremos que focar numa Avaliação Funcional são todas cognitivas:
* Linguagem
* Percepção
* Motricidade
* Raciocínio Lógico
* Socialização
* Atenção
* Concentração.
Para não me alongar e cansar os Leitores interessados, postarei alguns materiais significativos em uma Avaliação Funcional, os quais eu utilizo muito em minha prática educativa.
Na próxima postagem, escreverei sobre como avaliar cada uma dessas Habilidades, na Escola Regular, ou no AEE., 
Deixo um convite aos Leitores que quiserem deixar suas dúvidas ou sugestões em situações vivenciadas em Escolas Regulares,para que possamos discuti-las, no âmbito da Educação Inclusiva.
Abraço!
Professora Elaine Cristina Alves de Carvalho Leal.